Eu lembro que você costumava me chamar de chata , confusa e extremamente irritante nas minhas crises de TPM. Mas não importava todos esses defeitos que você ressaltava em mim, já que no fim eu era a sua chata, a sua confusa, a sua irritante, eu era sua e no fundo pouco importava todos os meus defeitos, ou talvez por grande equívoco importassem demais e seja por isso que estejamos separados. Mas faz tanto tempo, depois disso tantas histórias mal concluídas, mal acabadas, mal iniciadas, sem início ou fim. Tanta coisa passou. O tempo passou. E aquilo que eu sentia também. Ás vezes eu gosto de recordar daqueles momentos, ou dos apelidos carinhosos ou de alguma briga que acabava sempre com a gente se amando mais e mais. Eu lembro disso talvez por saudade, talvez por costume-minucioso hábito cotidiano. Mas na verdade eu sei que gosto de lembrar porque depois daquilo, nunca mais. Não existiu outra pessoa capaz de preencher o vazio e eu fui vivendo com ele no peito sem saber como é mesmo amar. Sem saber aquela sensação que vem bem na garganta, não sei, aquela em que parece que o coração vai sair pela boca.Uma dorzinha de leve. Aquela ansiedade…e como é mesmo aquele sorriso do nada só de pensar na pessoa. Eu até me lembro, mas não sei bem como é. Quem não sente não sabe, não é assim?! Quem não tem alguém lembra como é ter -se já teve um dia- mas não sabe mais como é ter. Confuso, não?! Confusa mesmo anda minha mente que se questiona o tempo todo porque tem que ser assim. Eu que já chorei tanto por um amor, hoje choro pela falta de um.
Sei lá, você acorda segue sua rotina, repete ciclos, repete pessoas, vai à lugares, conhece gente nova, se arrisca em relações inusitadas que perduram por só uma noite e faz tudo com um só objetivo: encontrar o amor(…)
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